Vivemos na mesma liberdade dos prisioneiros
Em cárcere a céu aberto, atrás de muros e grades
Que nos protegem de nós mesmos
Vivemos na mesma prisão da liberdade que nos une
Em torno da covardia que nos pune
Como castos senhores da igualdade
Vivemos na mesma igualdade dos desiguais
Nas mesmas diferenças dos banais
Como mais um que se nega sutilmente
E se disfarçam de seres reais
Vivemos na mesma nobreza dos imorais
Na fúnebre liberdade dos imortais
Súditos inúteis de leis condicionais
Como palhaços de um circo
de platéia muda que bate palmas e pede biz
sem entender que a piada é a massa
e que VOCE é a caça....
Vivemos na mesma prisão daqueles que determinam a liberdade
Senhores feudais,
donos da brutalidade que covardemente invade nosso sono,
enquanto dormem tranqüilos, em suas camas macias
Cifrões enfeitando seu descanso, cá fora as vidas vazias
Se jogam por sobre panos, papelão e farrapos....
Panos... é o que lhes faltam para cobrir sua falta de vergonha....
Papelão...politicamente corretos, donos da lei e sujos de lama....
Farrapos...
Olhando assim, com um olhar bilateral
Talvez todos sejam iguais
Uns mergulhados em sedas
Outros fazendo dos farrapos, sua cama.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
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