sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PRISIONEIRA NAÇÃO

Vejo no ar um brilho ácido
Que fere e perturba a minha visão
Que cega os olhos de minha consciência
Invade a minha massa cinzenta
Põe travas e amarras na multidão

Como podem ser instrumento grosseiro
De tolas ideologias e doces palavras,
Ferramenta inútil de transformação?
Aceitas o jogo de conquistas baratas
Ao preço de nada, em troco de sua prisão?

Sóis então mestres da podre consciência
Que alarga a mentalidade burra
Alunos de uma mentira que impregna
E esconde a porta de saída
Com sutis hipocrisias, cestas básicas
De ignorância e uma certeza de palavras mudas

Quem sóis, se igual te comportas?
Democráticos desejos de realização?
Usam sua imbecil inteligência
Para arrotar um restaurante caro
Um posto ocupado, uma língua estrangeira
Uma farta variedade de sandices, uma elocubração

Sóis tão igualmente à célula mater do poder
que aceitas infames fantasias?
“ESTAMOS PENSANDO EM VOCÊ!”
Tens em mente a mesma vontade
Posto que libertos não serás.
Sóis prisioneiros cegos de todas as obscuras
promessas que teus ouvidos surdos escutaram
e tua podre consciência questionou:
“Por que não posso eu também estar ali,
ficar deitado em berço esplêndido,
descansando em meu poder?

Farta e falsa cegueira nacionalista!
Sóis tão tolos em suas mentes!
Enganar-se? Por quê? Sóis dementes?
Dos filhos desta terra sóis semente,
Sóis eterna plantação!
Libertas, libertas, que serás então.

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