sexta-feira, 11 de setembro de 2009

QUE FAZES TU?

Negas as palavras à tua boca
E o paladar aguçado ao teu sabor
Transgride tua alma covardemente
Com a submissão miserável do teu ser

Como assustada presa do deserto
Foge ao uivo do vento, pensando ser lobos
Se escondendo na largura de seus pensamentos
E estreita visão do teu poder, de tua mente

Nada buscas porque nada és
Senão aquilo que aceitastes como a tua hipócrita missão
dormir, trabalhar, comer, alimentar o corvo com tuas próprias mãos.

Negas então tua presença fazendo presente tua ausência
Fantasma do meio-dia, sombra viva da tua imponente potência
De ser caça vil, um amontoado de carne que após sugado
Fica o bagaço, o trapo jogado ao meio-fio.

Que fazes com tua existência?
És um deserto fétido do pouco que desejas então?
És teu próprio álibe, tua desculpa burra
tua tolerância, tua abnegação?

Que fazes tu com tua existência?
És tu Juiz sedento e voraz de sua consciência
Que te acusa e o condena ao inferno da aceitação?
Sois como cavalos domados e selados
Não tem mais seu próprio caminho, sua liberdade selvagem
Sua fêmea preferida, sua procriação.

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